Municípios

Camaquã

Av. Olavo Moraes, 889 - Centro, Camaquã - RS, 96180-000 Camaquã | RS

Os primeiros sesmeiros que se estabeleceram na região foram: o Sargento-Mor Boaventura José Centeno, o Sr. Antônio Lopes Duro e o Capitão Joaquim Gonçalves da Silva (pai de Bento Gonçalves). A história de Camaquã tem início em 9 de dezembro de 1815, quando foi concedida a licença para a criação da Capela Curada de São João Batista de Camaquã, construída em terreno doado pelo Capitão, considerado fundador do município. Entretanto, o povoamento, não se efetuou, em virtude da falta de água nas proximidades da capela, que pudesse suprir as necessidades da povoação. Esta é a primeira data oficial consolidando a criação de uma comunidade. É, portanto, seu fundador, segundo pesquisas do historiador Luis Alberto Cibilis, o Capitão Joaquim Gonçalves da Silva, doador do primeiro terreno para construção da Capela e o requerente da provisão que a criou.

A região onde atualmente está localizado Camaquã já era conhecida desde os tempos coloniais de 1714. Por volta de 1763 diversos casais açorianos foram descendo para o Sul, localizando-se na margem esquerda do Estuário Guaíba e da margem direita da Laguna dos Patos, fundando fazendas e charqueadas até o rio Camaquã.

O povoamento da região foi despertado pelo interesse religioso e pecuário. A população cresceu com a vinda dos imigrantes: portugueses, franceses, poloneses, alemães, espanhóis, negros e com os já donos desta terra os irmãos indígenas. Constava do extenso território da Freguesia do Triunfo, as sesmarias do Cordeiro, do Duro e do Cristal de propriedade do Capitão Joaquim Gonçalves da Silva, pai de Bento Gonçalves, que ao doar terreno na atual localidade da Capela Velha, 8º distrito requereu autorização para fundar a Capela Curada de São João Batista de Camaquã.

A 19 de abril de 1864, a Lei Municipal nº 569 cria o município de São João Batista de Camaquã. Camaquã possui também a riqueza de fatos históricos decorrentes do período da Revolução Farroupilha (1835-1845).

Em 1844, foi erguida uma nova capela em terras doadas por Ana Gonçalves da Silva Meirelles, à margem esquerda do Arroio Duro, local onde hoje se situa a cidade. Assim, alguns historiadores também destacam D. Ana como fundadora de Camaquã.

Bento Gonçalves era filho de estancieiros ricos. O capitão Joaquim Gonçalves da Silva, seu pai, possuía terras na Piedade, em Triunfo, e no Cristal, cercanias do Passo do Camaquã. Já sua mãe, era neta de Jerônimo de Ornellas, dono da sesmaria sobre a qual surgira Porto Alegre.

Essas sesmarias englobavam toda a cidade: tinha a sesmaria do Cristal, Sesmaria do Cordeiro e outra, eram três. Depois, com a morte de Joaquim Gonçalves, Bento, Ana e Antônia dividiram as terras.

A Vila da Pacheca é a região mais importante da cidade em termos de vestígios históricos. Todas as casas da vila estão na beira do Rio Camaquã que era, para esse povoado, o acesso ao mundo. Ali, está a casa de Manoel da Silva Pacheco, considerado fundador de Camaquã, apesar das controvérsias. A vila é conhecida Pacheca porque, quando ele faleceu, sua esposa ficou administrando a fazenda. A localidade viveu um surto de progresso devido às granjas. Em 1922, tinha telefônica e pista de pouso da Varig.

Na Pacheca existem outros lugares históricos: a Fazenda da Tapera, sesmaria dos Centenos; a da Barra, próximo ao atracadouro da balsa que passa para a ilha de Santo Antônio. Ali tem o local da primeira casa de D. Antônia Gonçalves da Silva, irmã de Bento Gonçalves. A fazenda chegou a ter 500 empregados na década de 20.
Quando Garibaldi chegou à Sesmaria do Brejo, também de propriedade de D. Antônia, já encontrou dois lanchões em construção, sob a orientação do norte-americano John Griggs. Nos galpões da velha charqueada o governo republicano mandou construir o seu estaleiro. No final da Revolução Farroupilha, bento Gonçalves se recolheu à Estância do Cristal, então em Camaquã.

Como destaque os heróis como o General Bento Gonçalves da Silva, o general Antônio de Souza Netto, proclamador da República Rio-Grandense e o Revolucionário Italiano Giuseppe Garibaldi com sua fiel e brava companheira Anita Garibaldi.

Atualmente, o município, cortado pela BR 116, possui duas áreas de topografias distintas: a zona da várzea, onde predominam as grandes e médias propriedades, dedicadas à pecuária e às lavouras de arroz e soja; e a zona da serra, onde predominam as pequenas e médias propriedades dedicadas ao plantio da soja, milho, feijão, fumo e mandioca. Esta região apresenta ainda uma rara paisagem, composta por cascatas e cachoeiras.

Origem do Nome

Dentre os diversos significados dados ao município de Camaquã o mais adequado segundo o autor Antonio Cândido Silveira Pires é o de rio correntoso ou rio forte. Camaquã vem de Icabaquã e na língua tupi-guarani I significa rio, água e Cabaquã quer dizer velocidade, correnteza. Então podemos concluir que o nome de nosso município vem do rio Camaquã que passa em nossa cidade.

Mapa de 1857 mostra primeiro planejamento urbano de Camaquã

Um mapa com 150 anos, datado de agosto de 1857, foi encontrado no prédio da sede da Prefeitura. Nele, se observa o primeiro planejamento urbanístico realizado na cidade, então Povoado de São João Batista de Camaquã. A partir de um trabalho da arquiteta da Secretaria Municipal de Infra-estrutura Natália Silva houve a digitalização do mapa: “A grande dificuldade era retirar do quadro sem danificar, pois o mapa estava grudado no quadro. Com o tempo e a umidade criou uma resina” explica. O original, em uma espécie de papiro, está agora no gabinete do prefeito em uma nova moldura. Conforme assinado no mapa, o levantamento da planta foi elaborado pelo encarregado de obras Luís Pereira Dias ele foi responsável também pelo primeiro mapa de Porto Alegre. 

Como é possível visualizar, no mapa aparecem nomes de ruas que provavelmente foram atualizadas algum tempo depois, estima-se que por volta de 1940, pois logo da criação da Vila de Dôres de Camaquã as ruas ainda não tinham nomes. 

História

Em 19 de julho de 1857 foi encaminhado ofício número 32 a Câmara Municipal de Porto Alegre dirigido à Presidência da Província a fim de elaborar planta do Povoado de São João Batista de Camaquã. O ofício evidencia a preocupação de o povoado se desenvolver dentro de um plano urbanístico pré-estabelecido, descrevendo as ruas, praças e povoações que se estendiam defeituosas, sem um plano de edificação e alinhamento determinado, evitando que as novas povoações tenham as mesmas deformidades.

A solicitação foi acolhida em 20 de julho de 1857 quando foi concedida a autorização para levantar a planta da Freguesia de São João Batista de Camaquã recomendando deixar designadas as plantas de praças, ruas espaçosas e quadras também regulares. A Planta foi apresentada na sessão de 29 de setembro de 1857 e sendo aceita pela Câmara, resolveu remete-la a aprovação da Presidência. Na época, como se vê na planta, a Câmara denominou as ruas. Em 7 de outubro de 1857, a Presidência aprova a Planta de Povoação da Freguesia de São João Batista de Camaquã.

O mesmo mapa aparece ainda no livro de Luis Alberto Cibils "Tapes, Camaquã, Guaíba e Barra do Ribeiro": Contribuição para o estudo do Rio Grande do Sul (Champagnat, 1959)

População estimada [2021]  66.686 pessoas

População no último censo [2010]  62.764 pessoas 

Densidade demográfica [2010]   37,37 hab/km²

 

Área da unidade territorial [2021]

1.680,168 km²  

 
  Esgotamento sanitário adequado [2010]

82,1 %  

 
  Arborização de vias públicas [2010]

96,9 %  

 
  Urbanização de vias públicas [2010]

21,9 %  

 
  Populac¸a~o exposta ao risco [2010] 

Sem dados

 
  Bioma [2019]

Pampa  

 
  Sistema Costeiro-Marinho [2019]

Pertence  

 
  Hierarquia urbana [2018] 

Centro Subregional B (3B)  

 
  Região de Influência [2018] 

Arranjo Populacional de Porto Alegre/...  

 
  Região intermediária [2021]

Porto Alegre  

 
  Região imediata [2021]

Camaquã  

 
  Mesorregião [2021]

Metropolitana de Porto Alegre  

 
  Microrregião [2021]

Camaquã  

 

 

 

Hino

Música e Letra: Helena Beatriz Campos Corleta

“Camaquã ó terra hospitaleira

Altaneira, Camaquã

Camaquã, ó terra pioneira
De seus filhos e de seus heróis
No Rio Grande paira sobranceira
No progresso a erguer tua voz!

Arrozais dourando a pradaria
Fumo e soja a reverdecer
Pecuária, indústria e comércio
Novo rumo em constante crescer!

És trabalho, és luz, fraternidade
Calorosa em teu conviver
Com as bênçãos de Deus nossa cidade
É lugar para a gente viver.”

Link PARTITURA DO HINO DE CAMAQUÃ

Bandeira

 

A bandeira de Camaquã é de cor branca.
É um retângulo com o Brasão de Armas de Camaquã, colocado sobre o meio.

 

Brasão

Brasão do Município

Lei nº 167 de 30/08/1960

Art. 1º - O Brasão de Armas do Município de Camaquã é representado por um escudo ducal, encimado pela coroa representativa de sua sede - cidade. Este escudo está dividido em três faixas:

I - A primeira, dividida em duas bandas. A banda esquerda está representando o Rio Camaquã, principal fator da riqueza econômica do Município, sob o fundo de ouro. A banda direita, aparecem sob o fundo de três faixas em diagonal em cor vermelha, evocando estas faixas as três grandes revoluções do Estado, nas quais o solo do Município foi banhado pelo sangue dos seus filhos. A primeira evoca a Epopéia Farroupilha, na qual teve fator predominante o combate das forças sob o comando de Garibaldi na foz do Rio Camaquã;

II - A segunda relembra a Revolução de 1893;

III - A terceira a Revolução de 1923.

Art. 2º - Em faixa em sentido horizontal, sob fundo branco, está sobreposta uma estrela de cinco pontas, representando o Município da comunidade riograndense. Esta faixa de fundo branco representa a paz fecundante que permitiu o desenvolvimento de sua riqueza agrícola e pastoril, que é representada na parte inferior do escudo pela cor verde de nossos campos e coxilhas, e na qual se vê os símbolos da agricultura e o da pecuária.

Art. 3º - Ao pé do escudo desdobra-se uma fita vermelha, na qual estão escritos os fatores predominantes do sentimento de seus filhos - Liberdade e Trabalho. Nas pontas desta faixa estão expostas as datas predominantes da vida da comuna: 1815, que diz da fundação da Capela de São João Velho, primeiro núcleo populacional do Município e a outra 1864, quando da criação da comuna. Parágrafo único - Ladeando o escudo, como iluminando-o, se entrelaçam uma espiga de milho e uma de arroz, símbolo das principais riquezas agrícolas do município.

 

Principal

Galeria de Fotos

I EXPOSIÇÃO VIRTUAL DE FOTOS HISTÓRICAS DE CAMAQUÃ

A Secretaria de Cultura, Turismo, Lazer, Desporto e Juventude de Camaquã, convida a todos para uma viagem ao passado através da I Exposição Virtual de Fotos Históricas de Camaquã, na abertura do Ano Cultural.

A exposição que você verá a seguir, é composta por 50 fotos que ilustram um pouco da história de Camaquã, recuperando e mantendo vivas as memórias dos nossos antepassados e nossas referências através dos tempos.

As imagens fazem parte do acervo da SMCTLDJ e do NPHC e foram digitalizadas para esta exposição e para o arquivamento digital das mesmas, preservando a memória e a história do município.

Convidamos a todos para este passeio pela história do nosso município.

A utilização destas imagens é permitda desde que citada a fonte Acervo SMCTLDJ e NPHC.

Prefeitura Municipal de Camaquã

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