Além de baixar os preços dos imóveis, a crise econômica fez crescer o volume de retomadas de propriedades por falta de pagamento. Não há estatísticas oficiais, mas agentes do mercado afirmam que desde 2016 aumentou a quantidade de pessoas que perdem seus bens em função de inadimplência, seja de crédito imobiliário, seja de cotas de condomínio.
Na Caixa Econômica, responsável pela maior parte do crédito para casa própria no País, as retomadas cresceram 80,9% em 2016, para 15.881 imóveis.
O presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Gilberto Abreu, afirma a situação continua crescendo neste ano.
Desemprego crescente e o endividamento da população - que reduz o poder de compra do consumidor-, ajudam a explicar esse salto.
Escolha de dívida
Segundo Ana Luiza Ferreira, presidente da Associação Brasileira dos Advogados do Mercado Imobiliário, mutuários altamente endividados acabam optando por quitar débitos mais caros em vez de arcar com o financiamento ou até a cota de condomínio, cujos juros são menores que os de empréstimos ou do cartão de crédito, por exemplo.
Como os financiamentos duram cerca de 30 anos, os clientes mais propensos à inadimplência são os que estão no início do financiamento. Os mais antigos e que nunca atrasaram o pagamento, afirma Abreu, costumam ter maior poder de negociação.
Em geral, imóveis retomados vão a leilão. Após a dívida ser quitada – bem como IPTU ou condomínio atrasados, se for o caso – o saldo devedor é remetido ao devedor. Se o imóvel não for vendido, acaba virando patrimônio da instituição.
Informações e foto: CEF/Agência de Notícias
Edição: Rubem Pires Junior – MTb 9310/RS
Na Caixa Econômica, responsável pela maior parte do crédito para casa própria no País, as retomadas cresceram 80,9% em 2016, para 15.881 imóveis.
O presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Gilberto Abreu, afirma a situação continua crescendo neste ano.
Desemprego crescente e o endividamento da população - que reduz o poder de compra do consumidor-, ajudam a explicar esse salto.
Escolha de dívida
Segundo Ana Luiza Ferreira, presidente da Associação Brasileira dos Advogados do Mercado Imobiliário, mutuários altamente endividados acabam optando por quitar débitos mais caros em vez de arcar com o financiamento ou até a cota de condomínio, cujos juros são menores que os de empréstimos ou do cartão de crédito, por exemplo.
Como os financiamentos duram cerca de 30 anos, os clientes mais propensos à inadimplência são os que estão no início do financiamento. Os mais antigos e que nunca atrasaram o pagamento, afirma Abreu, costumam ter maior poder de negociação.
Em geral, imóveis retomados vão a leilão. Após a dívida ser quitada – bem como IPTU ou condomínio atrasados, se for o caso – o saldo devedor é remetido ao devedor. Se o imóvel não for vendido, acaba virando patrimônio da instituição.
Informações e foto: CEF/Agência de Notícias
Edição: Rubem Pires Junior – MTb 9310/RS