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Prêmio Brasil Criativo abre inscrições para sua terceira edição

Começam hoje (24/07) as inscrições para a terceira edição do Prêmio Brasil Criativo, considerada a premiação oficial da economia criativa brasileira. Podem concorrer ao prêmio pessoas físicas e jurídicas que tenham, pelo menos, um ano comprovado de atividades inovadoras que tenham impacto econômico e social.

 

Os organizadores esperam receber mil inscrições até o dia 25 de agosto, quando termina o prazo para que os interessados registrem seus projetos no site do Prêmio (www.premiobrasilcriativo.com.br) e efetuem o pagamento da taxa de R$ 10,00. Depois desta data, o grupo de curadores escolhidos para esta edição selecionará seis projetos semifinalistas em cada uma das 12 categorias: Arquitetura; Artes Cênicas; Audiovisual; Design; Editorial; Expressões Culturais; Moda; Música; Pesquisa&Desenvolvimento; Patrimônio e Artes; Publicidade; e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). A seleção será realizada entre 3 e 30 de setembro.

 

Na etapa seguinte, programada para o período de 1º a 21 de outubro, uma rede composta por colaboradores e diretores de grandes empresas patrocinadoras escolherá os melhores projetos, definindo os três finalistas de cada categoria. O anúncio dos finalistas será feito no dia 1º de novembro. A cerimônia de premiação está prevista para 30 de novembro, em São Paulo, integrando o Festival de Criatividade Pixel Show. Os vencedores terão suas histórias retratadas em um documentário que será lançado no dia 21 de abril do próximo ano, Dia Mundial da Criatividade. Cada projeto será apresentado em episódios distintos a possíveis investidores, parceiros e voluntários.

 

Idealizador do prêmio, o psicólogo e empresário Lucas Foster contou à Agência Brasil que nesta edição, será lançada uma campanha para arrecadar até R$ 10 mil que serão revertidos para a Central Veredas, vencedora do prêmio em 2016. Localizada no noroeste de Minas Gerais, a cooperativa de artesãs teve sua matéria-prima - o algodão -  inutilizada por um incêndio no galpão onde estava estocada. “Elas perderam a fonte de renda. Daí, a ideia de o dinheiro obtido com as inscrições ser revertido para a compra do algodão para a cooperativa", disse Foster.

 

Chancelado pelo Ministério da Cultura em sua primeira edição (2014) e com o apoio institucional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Prêmio é realizado a cada dois anos. Em razão das eleições do ano passado, a organização decidiu deslocar a premiação para este ano. No primeiro ano, foi registrado recorde de inscrições (1.300 inscrições). A segunda edição, realizada em 2016, teve 830 projetos criativos inscritos. De acordo com os organizadores, o número caiu em função da perda de patrocínio naquele ano.

 

Relevância

 

A economia criativa tem ganhado relevância no Brasil. “Mais empreendimentos, mais governos, mais secretarias municipais e estaduais começaram a fomentar a economia criativa no Brasil. As universidades também compreenderam o papel da economia criativa e o próprio governo federal tem essa compreensão. Acreditamos que o ecossistema está mais maduro hoje no país do que nos últimos anos”, disse Foster. Segundo ele, durnte muito tempo, a criatividade ficou associada à publicidade e ao artesanato, considerando os saberes populares e a tradição nacional nessa área. Foster defende que a economia criativa tem um conceito mais amplo, envolvendo arquitetura, ‘design’, moda, música, audiovisual, pesquisa e desenvolvimento e tecnologia da informação.

 

PIB da economia criativa

 

De acordo com o Mapeamento da Indústria Criativa, divulgado em 2019 pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a participação do Produto Interno Bruto (PIB) criativo no total do PIB brasileiro se establizou devido, principalmente, à crise econômica dos últimos anos. “Desde 2014, a participação tem girado em torno de 2,62%, com pequenas oscilações. O pico foi em 2015 (2,64%) e, em 2017, o PIB Criativo representou 2,61% de toda a riqueza gerada em território nacional”, revela o documento. Isso levou a indústria criativa a totalizar R$ 171,5 bilhões em 2017.

 

Em relação ao mercado de trabalho formal, a indústria criativa respondeu por 837,2 mil profissionais formalmente empregados em 2017, com queda de 3,9% na indústria criativa em comparação a 2015, o que representa uma queda similar à do total do mercado de trabalho em relação a 2015 (-3,7% no total do mercado). “Se o brasileiro tiver confiança na sua própria criatividade e se conectar com pessoas que também acreditam nisso, a gente tem chance de construir uma rede interessada em transformar a realidade que o Brasil vive hoje”, afirmou Foster.

 

 

Informações: Agência Brasil



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