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A honestidade


Certa vez, um rei, já em idade avançada, se lamentava porque não tinha nenhum herdeiro para o seu trono, conforme história baseada em um conto chinês. Ele observava os ministros do reino, mas todos estavam envolvidos em fofocas ou situações desonestas. Num dia, o rei reuniu todos os ministros e pediu que fossem distribuídas sementes a todos os jovens súditos, sendo que cada um recebeu uma semente enviada pelo rei, que escolheria aquele que cultivasse a flor mais bonita. Uma jovem menina das montanhas, que amava flores, recebeu uma semente, mas percebeu que algo inexplicável aconteceu: por mais que ela cuidasse da semente, a mesma nunca germinava.

 

Chegou o dia em que todos deveriam levar suas flores ao rei. A menina, cabisbaixa, também se dirigiu ao palácio. O rei, então, examinou cada vaso com as plantas, vendo muitas flores bonitas de vários jovens. Ele se aproximou da menina cuja semente não germinou e perguntou o que havia acontecido. A menina, entristecida, explicou que, por mais que ela cuidasse da semente, esta não brotou. O rei declarou quem seria seu herdeiro, dizendo que escolheria a pessoa mais honesta entre todas. Ele escolheu, então, a menina das montanhas, cuja semente não vingou. Todos ficaram surpresos, e ele explicou que as sementes que ele distribuiu eram secas. As flores que os outros jovens trouxeram, na verdade, não nasceram das sementes que ele havia distribuído. A única pessoa honesta foi a menina, que se manteve fiel em cultivar a semente fornecida pelo rei, não trapaceando ao cultivar outra, para agradar a ele e conseguir ser seu herdeiro.

 

Certamente o mundo seria melhor se algumas pessoas fossem mais honestas. Essa qualidade começa a ser observada nos pequenos gestos, como jogar o lixo na lixeira, não “colar” em uma prova, devolver algo que achou ao dono, entre outros. Com mais honestidade, não haveria tanta corrupção na política e em outras áreas, talvez as pessoas não buscassem alianças e amizades apenas visando suas vitórias e interesses, poderia haver menos traições a amigos e cônjuges, haveria menos roubos, furtos, golpes e pessoas mal-intencionadas enganando as pessoas de bem.

 

Wiliam Shakespeare afirmou que nenhuma herança é tão rica quanto a honestidade. É uma qualidade de caráter, característica de quem é decente, sendo uma grande virtude, uma qualidade que passa dos pais para os filhos, começando com a observação das crianças nas pequenas atitudes dentro da própria família. Felizmente, existem pessoas honestas, que tornam o mundo em que vivemos um lugar melhor.



 



Colaboração: Giovane dos Santos - Psicólogo


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