A grande diferença de valores de taxas de juros cobradas por bancos públicos e privados que vingou durante algum período no país, acabou. Dados do Banco Central mostram que, no final do ano passado, a diferença entre as taxas médias nas instituições públicas e nas privadas voltou a se tornar irrelevante nas principais linhas de crédito ao consumo.
No cheque especial, por exemplo, a Caixa chegou a ter taxa média quase 50% menor que a do Itaú, Unibanco e do Bradesco no fim de 2013. Dois anos depois, estavam todas no mesmo patamar.
Em linhas como consignado para beneficiários do INSS e servidores públicos, crédito pessoal (CDC) e cartão de crédito rotativo, também acabou a época em que os dois grandes bancos públicos tinham sempre taxas menores.
No cartão, por exemplo, a taxa média na Caixa era de 4,7% ao mês em 2013, quase um terço do verificado nos dois maiores privados. No fim de 2015, estavam em 13%; no Itaú, no Bradesco e no BB, entre 14% e 15% O "spread" bancário, que é a diferença entre o custo do dinheiro para o banco e o que ele cobra do cliente, era de 36 pontos percentuais no começo de 2011 para o crédito ao consumo. Caiu para 32 em meados de 2013, mas subiu para 48 pontos no fim de 2015.
A política de redução dos juros bancários foi iniciada pelo governo federal no início de 2012, e tinha como objetivo forçar o setor privado a mudar o nível das taxas praticadas no Brasil.
A Caixa, controlada 100% pelo governo, recuou mais rapidamente tanto na taxa quanto na concessão de crédito, quando viu a inadimplência subir aos maiores níveis desde 2009, o que contribuiu para colocar em discussão sua saúde financeira.
O Banco do Brasil buscou uma política mais conservadora de concessões e, até o momento, não apresenta problemas nos seus balanços em relação a essa estratégia.
Pelas projeções do BC, os bancos públicos devem ampliar sua participação de mercado em 2016, mesmo com juros mais próximos da concorrência.
Rubem Pires Junior
Jornalista – MTB 9310/RS
Informações do BC
Foto/Imagem: Divulgação
No cheque especial, por exemplo, a Caixa chegou a ter taxa média quase 50% menor que a do Itaú, Unibanco e do Bradesco no fim de 2013. Dois anos depois, estavam todas no mesmo patamar.
Em linhas como consignado para beneficiários do INSS e servidores públicos, crédito pessoal (CDC) e cartão de crédito rotativo, também acabou a época em que os dois grandes bancos públicos tinham sempre taxas menores.
No cartão, por exemplo, a taxa média na Caixa era de 4,7% ao mês em 2013, quase um terço do verificado nos dois maiores privados. No fim de 2015, estavam em 13%; no Itaú, no Bradesco e no BB, entre 14% e 15% O "spread" bancário, que é a diferença entre o custo do dinheiro para o banco e o que ele cobra do cliente, era de 36 pontos percentuais no começo de 2011 para o crédito ao consumo. Caiu para 32 em meados de 2013, mas subiu para 48 pontos no fim de 2015.
A política de redução dos juros bancários foi iniciada pelo governo federal no início de 2012, e tinha como objetivo forçar o setor privado a mudar o nível das taxas praticadas no Brasil.
A Caixa, controlada 100% pelo governo, recuou mais rapidamente tanto na taxa quanto na concessão de crédito, quando viu a inadimplência subir aos maiores níveis desde 2009, o que contribuiu para colocar em discussão sua saúde financeira.
O Banco do Brasil buscou uma política mais conservadora de concessões e, até o momento, não apresenta problemas nos seus balanços em relação a essa estratégia.
Pelas projeções do BC, os bancos públicos devem ampliar sua participação de mercado em 2016, mesmo com juros mais próximos da concorrência.
Rubem Pires Junior
Jornalista – MTB 9310/RS
Informações do BC
Foto/Imagem: Divulgação