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Depois do vendaval, preocupação é com o nível do rio Caí

Depois do vendaval, agora a preocupação é com o grande volume de chuva, que aumenta o risco de cheia do rio Caí e dos arroios da região. Por enquanto, a situação ainda é tranquila. Na região da Serra, como em Caxias do Sul, o nível do rio chegou a subir quase dois metros, mas depois começou a baixar na madrugada de ontem. Entretanto, na noite passada, voltou a subir e a situação agora é de atenção. Já em São Sebastião do Caí, e Montenegro a situação é de alerta da Defesa Civil.



No Caí, o rio chegou a subir quase 5 metros, alcançando ontem de manhã, terça-feira, a cota de alerta de 7 metros, mas já baixou um pouco e está distante dos 10 metros de quando começa a enchente. Em Montenegro, o rio subiu em torno de 4 metros, chegando ontem de tarde a 4m38cm na régua da CPRM, também dentro de situação de alerta, mas ainda longe da cota de inundação que é de 6 metros. A preocupação é de que existe previsão de mais chuva intensa até o próximo final de semana e, por isso, a região segue em alerta.





Vendaval nas madrugadas



Nas duas madrugadas, de domingo e de segunda-feira, dias 23 e 24 de setembro, muitos moradores do Vale do Caí viveram momentos de terror em função das fortes rajadas de vento. Em vários pontos da região, o vento forte deixou um rastro de destruição, incluindo árvores, fios e postes caídos, casas destelhadas, falta de luz e até de água. E com o grande volume de chuva que já ocorreu, e que ainda está previsto para acontecer até o próximo final de semana, aumenta a preocupação com a possibilidade de uma nova enchente, ainda maior do que as registradas no final de agosto e início deste mês.



Ainda na madrugada de domingo, o vento forte já assustou e causou os primeiros estragos. Em Bom Princípio, por exemplo, caiu um poste com transformador no bairro Bela Vista, deixando boa parte da comunidade sem luz por várias horas e o trânsito em meia pista na rua São Luiz. Ainda em Bom Princípio, o vento chegou a virar um reservatório de água no bairro Morro Tico-Tico. Com esse problema e mais a falta de luz, que impedia o bombeamento nos poços artesianos, foram os Bombeiros Voluntários que garantiram o abastecimento em vários pontos. Ainda na madrugada de domingo, vários outros locais tiveram danos com o vento forte.



Um dia depois, na madrugada de segunda-feira, o vento voltou com mais força ainda e provocou mais destruição em vários locais da região. Em Harmonia, por exemplo, ocorreu a queda de vários postes e galhos sobre a rede de energia, deixando várias residências sem luz em localidades como Nova Santa Cruz, São Benedito, Morro Azul e Vila Rica.





Casas destelhadas



Nos dois maiores municípios do Vale do Caí, o vendaval provocou mais prejuízos na madrugada da última segunda-feira, dia 24. Além da falta de luz em vários pontos, rodovias, ruas e estradas chegaram a ser interrompidas, com a queda de árvores e galhos em Montenegro. E os danos foram tanto na cidade como no interior.



A situação mais grave ocorreu na localidade de Faxinal, na margem da estrada Selma Wallauer, onde um grande pinheiro caiu no meio de uma casa, destruindo a moradia de madeira onde estavam dormindo duas mulheres. Por sorte, elas tiveram somente ferimentos leves. Segundo registros da Defesa Civil, pelo menos 40 casas foram atingidas, sendo que para muitas delas foram fornecidas lonas, devido ao destelhamento.



O coordenador da Defesa Civil, Elton da Silva, acredita que o número de prédios danificados deve ser, pelo menos, o dobro, já que muitos moradores não comunicaram e já realizaram o conserto. No interior, também caiu a parede de um ginásio em Vapor Velho. E junto ao cais do porto, a ponte sobre o arroio Montenegro, no local em que deságua no rio Caí, acabou cedendo, sendo bloqueado o trânsito no acesso ao Balneário Municipal.



Em São Sebastião do Caí, também houve estragos. Conforme o coordenador da Defesa Civil, Pedrinho Griebler, foram prestados pelo menos dez atendimentos, em razão de danos provocados pelo vento forte. Os locais mais afetados foram o Loteamento Popular, Chapadão, Quilombo e a Várzea.







Edição: Guilherme Baptista



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