Artigos e Entrevistas

Desafios que motivam e renovam a cada dia

A caiense Isabel Cristina Griebeler, 49 anos de idade, trabalha na área de estética há mais de 25 anos. Atendendo na Estética Do Vale em São Sebastião do Caí, na Clínica Belclin em Novo Hamburgo e também nas cidades de Portão, Feliz e Bom Princípio. Paralelo a isso, a caiense está desde 2003 à frente da Pizzaria do Vovô, que atende ao público em finais de semana.



Lince Empresas: Quais os diferenciais que você busca oferecer para que as pessoas venham à pizzaria e se sintam motivadas a retornar?



Isabel Cristina Griebeler: Primamos pelo atendimento familiar, que as pessoas se sintam em casa, nada de formalidades. No cardápio, os nomes originais são substituídos por nomes familiares, algo que chama muito a atenção do pessoal que vem.

 

Lince Empresas: Como são as pizzas oferecidas na Pizzaria do Vovô?



Isabel: Temos uma opção bastante grande de a la carte. Mas se o cliente gostar de um sabor que não temos em nosso cardápio e tivermos os ingredientes disponíveis, nós preparamos. Também tem quem goste de massa mais grossa, massa mais fina, mais tostada, menos tostada... então quanto mais informações tivermos sobre suas preferências, mais conseguiremos nos aproximar do gosto do cliente. Ele faz o pedido e, como se trata de uma pizza artesanal, nós preparamos especialmente para atender ao seu paladar.



 Pizzaria do Vov??mbiente aconchegante e



Lince Empresas: Quais os dias e horários em que a pizzaria está aberta?



Isabel: No final de 2019 fizemos uma reforma no telhado. Estamos sempre aprimorando a estrutura da casa para podermos atender também pequenos eventos. E nestes casos não ofereceremos somente pizzas, mas outras opções. De dia ou de noite, a casa vai estar à disposição, podendo o espaço até mesmo ser locado, depende do interesse da pessoa.

 

Lince Empresas: Onde são buscadas ideias para novos sabores de pizzas?



Isabel: Sempre estamos em busca de ideias e novidades, sem perder a origem da casa o "Vovô" e, conforme nossas possibilidades, introduzimos. O Google também oferece opções de pesquisa. A gente sai para o interior, nas nossas pizzas tem um pouco de cada lugar que nós vamos. Tudo o que buscamos de ideias, conforme a possibilidade nós introduzimos aqui.

 

Lince Empresas: Quais são os planos/projetos para evoluir sempre mais com a pizzaria?



Isabel: Em todo negócio nós colocamos muita energia, queremos que dê certo e que dê frutos. Eu tenho a pizzaria como algo mais tranquilo, de futuro, de ter contato com as pessoas, ir envelhecendo junto. É isso que eu espero dela, que se mantenha, mesmo que seja com meia dúzia de pessoas. Este contato me inspira a continuar vivendo. Ter um propósito de vida, não só me aposentar e ficar por isso mesmo. Eu quero continuar na ativa, vejo isso para o meu futuro.

 

Lince Empresas: O que significa para você, estar à frente de dois empreendimentos? Sempre sonhou em ter o próprio negócio?



Isabel: Não é nada fácil, ainda mais por se tratar de dois negócios totalmente diferentes. Na parte da estética tenho que arcar sozinha com as consequências. Na pizzaria temos um grupo de pessoas. Minha função é a de pizzaiola. No começo tínhamos um pizzaiolo e um forneiro, mas no interior as coisas são mais difíceis. As pessoas vão para cidades maiores e eu tive que aprender. No começo, brincavam que as minhas pizzas pareciam o mapa do Brasil. Mas tive que aprender. E o segredo de tudo é gostar daquilo que fazemos. Isso passa uma energia boa, é a essência da vida.



Muitas vezes, às 7h já estou na lida e vou direto até às 22h. Não tem horário fixo. Quando estou na estética, muitas vezes a cabeça está na pizzaria e quando estou na pizzaria, penso nas coisas que envolvem a estética. Eu mesma faço as compras dos ingredientes para as pizzas, até para manter sempre um padrão, a mesma qualidade. Eu tenho a sorte de ter encontrado, nestes anos todos, um padeiro lá no começo e os pizzaiolos. Agreguei segredos nas massas.



Mas nada foi fácil. Comecei a pizza com meia dúzia de pratos e fui evoluindo. Na estética trabalhava com uma franquia e ela fechou. Nem sabia o que fazer, mas o destino ajudou. Não adianta ter ansiedade, porque tudo tem o seu momento, a sua hora. Estava tudo certo na minha vida e fiquei doente. Meu irmão teve um tumor e faleceu, eu também tive um tumor, mas estou aqui. Antigamente abria a pizzaria todos os dias e trabalhava na estética todos os dias. E ainda cuidava do meu irmão. Me debilitei demais e acabei por demitir todas as pessoas que trabalhavam comigo. Eu não sabia se iria sobrevier e não queria deixar dívidas para os meus pais. Acabei retomando devagar, só aos finais de semana com a pizzaria. Aos poucos consegui me reerguer, na saúde e nas atividades.



Hoje eu só tenho a agradecer. Precisa levar adiante, não ficar parado ou pensar que algo poderia ter sido diferente. Tudo é como é. E essa busca é tão prazerosa, tão bonita. Isso eu tenho sempre presente comigo, tudo o que vivi eu tomo como exemplo de vida.



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