Uma das tarefas mais difíceis e impossíveis é a de contentar e agradar a todas as pessoas ao mesmo tempo. Tudo que alguém faz ou escolhe pode agradar muito a alguns ou irritar e descontentar muito a outros. Algumas pessoas vão elogiar e achar positivos os atos cometidos por alguém, enquanto outras vão achar aquilo totalmente errado, julgando e criticando de maneira negativa. Isso ocorre porque cada ser humano é diferente, com sua individualidade, suas opiniões, gostos e preferências.
Cada um torce pelo seu time, tem uma opinião sobre política, se crê em Deus, segue a religião na qual acredita, opta por determinado gênero de filme ou música, tem uma preferência sexual ou gosta de saborear algum tipo de alimento, por exemplo. O ditado popular que diz que “gosto não se discute” é muito certo, pois ninguém sabe por que gosta de determinadas coisas e não suporta outras. Ninguém tem uma explicação para o fato de torcer para o Grêmio, gostar de comer brócolis, preferir fazer sexo tendo prazer somente com pessoas do gênero oposto ao seu ou gostar de ver filmes de suspense. São fatores subjetivos que compõem a história, genética e a personalidade de cada um, que fazem com que a pessoa prefira algo.
Muitas pessoas colocam seus gostos pessoais em segundo plano e buscam se adequar ao gosto da sociedade e dos outros, para agradá-los. Depois acabam se frustrando e sendo infelizes, porque, mesmo se anulando ao abdicarem das suas preferências para agradar à maioria, ainda assim percebem que nunca vão conseguir agradar a todos.
Gostar de si mesmo também é agradar a si próprio, escolhendo aquilo que é melhor. Então é muito importante que cada um procure ter respeito consigo, priorizando os seus gostos e fazendo escolhas que primeiramente lhe agradem. A partir disso, as outras pessoas, com suas críticas, terão que aceitar as suas preferências individuais.
Também é necessário que cada pessoa tente não julgar os gostos do outro, buscando respeitar e ter empatia para entender que, se a pessoa escolhe algo, é porque aquilo é bom e traz satisfação para ela. É muito fácil julgar as pessoas e achar que elas deveriam escolher determinada profissão ou gostar de comer certo alimento, por exemplo. Mas por que queremos que a pessoa escolha essa profissão ou alimento? Ela pode ser mais feliz fazendo as escolhas que sejam positivas para ela.
Em matéria de gostos, não existe certo ou errado, e a sociedade não deveria querer padronizar os gostos. Se cada um respeitar as preferências do outro, certamente a vida se torna melhor para todos.
Colaboração: Giovane dos Santos - Psicólogo