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O ex-governador Eduardo Leite vai disputar a reeleição pelo Rio Grande do Sul.

O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou, nesta segunda-feira, 13, que vai disputar a reeleição pelo Rio Grande do Sul. "Comunico hoje, aos gaúchos e gaúchas, que eu sou pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul", disse ele durante uma coletiva de imprensa ao lado do governador do estado, Ranolfo Vieira Júnior, que foi seu vice.

Leite renunciou ao cargo no fim de março com a intenção de ser o escolhido do PSDB para disputar a Presidência. Na ocasião, ele não falou exatamente qual seria seu caminho e qual posto pretendia se candidatar em 2022. Disse ainda que renunciaria ao poder, mas não à política. Também afirmou que "todas as possibilidades" estavam em aberto, e não descartou uma eventual reeleição.

Em diversas momentos desde que assumiu o cargo de governador, em 2019, Leite sempre defendeu a não reeleição. Quando foi prefeito de Pelotas, preferiu não tentar um novo mandato e elegeu sua vice, Paula Mascarenhas, como sucessora. Chegou ao governo gaúcho com o mesmo discurso. Em entrevista à EXAME, em agosto do ano passado, foi categórico ao dizer que não tentaria reeleição.

"Já disse que não concorrerei à reeleição como governador, mantenho essa posição. Ter deixado isso claro desde o início foi fundamental para que eu pudesse ter o ambiente político na Assembleia Legislativa, com uma parceria de partidos que têm legitimidade de aspiração de protagonismo político", afirmou na época.

Assim que deixou o cargo no Executivo gaúcho, tentou se movimentar dentro do PSDB para ser candidato a presidente, mesmo que tivesse perdido para o ex-governador de São Paulo, João Doria, nas prévias internas realizadas no fim do ano passado.

O gaúcho chegou a flertar com o PSD, que se entusiasmou com a possibilidade de ter o nome dele na legenda, mas ele decidiu ficar no PSDB.

Essa pré-candidatura de Leite vem na sequência do apoio dos tucanos em torno do nome da senadora Simone Tebet como cabeça de chapa para concorrer ao Palácio do Planalto pela terceira via, composta por MDB, PSDB e Cidadania. Os tucanos devem indicar o senador Tasso Jereissati como vice.

O acordo só foi selado depois que arranjos estaduais foram delimitados, como o apoio do MDB a Leite no Rio Grande do Sul, e à reeleição de Rodrigo Garcia, em São Paulo.

Os arranjos também colocaram fim em uma candidatura do PSDB ao Palácio do Planalto. No fim de maio, Doria deixou a presidencial. Nesta segunda-feira, anunciou que retorna ao setor privado. Com isso, o PSDB não terá um candidato cabeça de chapa à Presidência da República pela primeira vez desde a redemocratização do país.

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