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Previsão de mais chuva deixa cidades em alerta sobre o risco de enchente

Neste ano não, ocorreu enchente no Vale do Caí. Mas, em razão da chuva dos últimos dias e da previsão de um volume ainda maior para hoje, em torno de 30 milímetros, e amanhã, mais cerca de 20 milímetros, aumenta o risco do rio Caí e do arroio Forromeco saírem dos seus leitos. A previsão é de chuva ainda mais intensa na região da Serra, onde o nível do rio Caí já está subindo consideravelmente.



Conforme a régua do sistema de alerta de eventos críticos (Sace) do CPRM, em Caxias do Sul, entre ontem e hoje, quarta e quinta-feira, o rio já tinha subido cerca de um metro, já entrando na cota de atenção. Já o arroio Forromeco, na altura de São Vendelino, subiu mais de 60 centímetros. Em municípios que costumam ser mais atingidos por enchentes, como São Sebastião do Caí e Montenegro, a Defesa Civil já está em alerta.



Enquanto a região corre o risco de uma nova inundação, apesar dos estudos e promessas ainda não saíram do papel medidas de contenção de cheias. Sequer existe um projeto para reduzir o impacto das enchentes. Em 2014, foi feito um amplo estudo por parte da Metroplan, do governo do Estado, apontando a necessidade de diques, estação de bombeamento e corta-rio (canal extravasor). Mas isso na parte baixa do rio, entre Harmonia, Pareci Novo, Caí e Montenegro.



Agora os estudos devem ser ampliados, incluindo mais municípios da bacia hidrográfica do rio Caí, como Bom Princípio, Feliz e os da Serra, desde a nascente do rio, em São Francisco de Paula. E finalmente deve ser elaborado o projeto com o qual poderão ser buscados os recursos para que as obras sejam executadas. Mas para a elaboração do projeto são necessários recursos. Só no estudo, que deve ser atualizado e ampliado, o Estado já investiu R$ 1,4 milhão.



Conforme o presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede), Alzir Bach, que esteve recentemente em Brasília, tratando do assunto, foi incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, através de solicitação do senador Lasier Martins, um recurso de R$ 5,9 milhões para a elaboração do projeto. Mas o dinheiro ainda não está garantido. Somente com o valor liberado, deverá se contratar uma empresa para elaborar um estudo mais amplo e o projeto necessário para se partir para a busca de um montante ainda maior de verbas para a execução das obras.



No estudo de quatro anos atrás, se calculava entre 130 e 140 milhões para as obras na região do baixo rio Caí. Incluindo mais municípios, o valor deve ser ainda maior. Além da dificuldade na obtenção de recursos, também terá que se obter as licenças ambientais, já que devem ocorrer intervenções significativas que também dependem do estudo de impacto. Em São Sebastião do Caí e Montenegro, também se aguardam recursos, ainda para este ano, visando a remoção de famílias que moram em áreas atingidas pelas enchentes, desassoreamento e drenagem de arroios, na ordem de cerca de R$ 10 milhões.





Edição: Guilherme Baptista



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