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Vendas de carros mais baratos voltam a crescer

A recuperação do mercado de automóveis no Brasil deixou de ser sustentada somente pelos consumidores mais ricos, que foram os menos afetados pela crise, e tem contado também, nos últimos meses, com a contribuição dos brasileiros de menor renda.



Condições melhores de emprego e crédito permitiram que a venda de carros mais baratos voltasse lentamente a crescer no segundo semestre de 2017, de acordo com dados levantados pelo Estadão/Broadcast. Essa virada, segundo analistas, deve se consolidar em 2018, levando o mercado como um todo a taxas mais expressivas de expansão.



Os dois segmentos mais baratos do mercado são os chamados carros de entrada (como o Gol, da Volkswagen, e o Ka, da Ford) e os hatches pequenos (como o Onix, da Chevrolet, e o Argo, da Fiat). A soma de todos os veículos que se enquadram nesses dois grupos voltou a crescer em meados do ano passado, ainda que de forma oscilante.



O desempenho melhor na segunda metade de 2017 foi capaz de compensar a queda que ainda se via no primeiro semestre, e levou os dois segmentos a um crescimento de 3,1% em todo o ano, com o emplacamento de 564 mil unidades, em cálculo que só considera as vendas para consumidores pessoa física, segundo dados da Fenabrave, federação que representas as concessionárias de veículos.



A venda de carros mais baratos estava em queda desde 2013. Essa recuperação é importante para o setor automotivo porque esse é um segmento que movimenta maiores volumes, e acabou sendo mais afetado pela crise econômica, que provocou desemprego e uma retração do crédito.





Mercado



A expansão dos carros mais baratos no ano passado, no entanto, ainda foi menor do que a do mercado como um todo, que teve aumento de 9,2%. Isso ocorreu porque foram os consumidores mais ricos, que compram os carros mais caros, que deram a maior contribuição ao setor.



Não é a toa que a venda de veículos utilitários esportivos, conhecidos como SUVs, na sigla em inglês, foi a que mais cresceu em 2017 ante 2016, a uma taxa de 36%, o que levou o segmento a aumentar sua participação no mercado de 18% para 22%.



Para 2018, analistas do setor esperam que o segmento de carros mais baratos cresça mais do que em 2017 e passe a ter um desempenho mais próximo do mercado total.

 

Informações e foto: Estadão/Agência de Notícias

Edição: Rubem Pires Junior – MTb 9310/RS

 

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